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terça-feira, 10 de julho de 2012

Etiquetas de mãos dadas com a ciência

Nova etiqueta na roupa: escala de conforto sensorial

Avaliação de consumidores usa os sentidos para desenvolvimento de materiais

2012-06-19
Ana Cristina Broega, UMinho.
Ana Cristina Broega, UMinho.
O vestuário vem sempre acompanhado de etiquetas de composição (matérias primas usadas para na sua confecção) e de limpeza e de conservação. O conforto de uma peça de roupa é algo subjectivo, de gosto muito pessoal, mas no futuro poderá ser quantificado através de uma “escala de conforto sensorial”.

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho acaba de concluir um primeiro estudo que identifica as características físico-mecânicas dos tecidos, segundo a avaliação subjectiva de pessoas – a sua relação com o toque. Trata-se de um projecto desenvolvido no âmbito do acordo Portugal – França: Programa PESSOA 2010-11, e que vem articular recursos e investigação entre a UMinho e a Universidade de Haute Alsace de Mulhouse.
A iniciativa visa criar um padrão de conforto que as pessoas identifiquem na hora de comprar roupas. “Com a implementação de uma etiqueta no vestuário, poderá adicionar-se informação acerca de padrões de conforto, que poderá ajudar a credibilizar e vitalizar o comércio electrónico”, explica Ana Cristina Broega, coordenadora do trabalho e professora do Departamento de Engenharia Têxtil da UMinho.

“O estudo desenvolveu-se no âmbito do conforto sensorial do toque, onde foi quantificado o que as pessoas avaliam de forma subjectiva quando tocam os tecidos”, começando por tentar compreender os fenómenos de interacção entre a pele e os tecidos e definir, com base científica, métodos de avaliação sensorial, por parte de grupos de pessoas portugueses e franceses. Posteriormente, o desafio passou por cruzar os dados apurados fisicamente, com as avaliações, no sentido de quantificar o conforto sensorial dos têxteis, e toque de acordo com os conceitos europeus, uma vez que “as tendências da Europa são muito diferentes, por exemplo, do mercado japonês, onde é valorizado outro tipo de toque para os tecidos”, acrescenta ainda Ana Cristina Broega.

A próxima etapa consiste em implementar mais uma etiqueta junto da indústria têxtil, o que se afigura ainda moroso, pois o consórcio de investigação espera um melhor desenvolvimento mecânico dos equipamentos de análise, que são ainda de natureza muito sensível e difíceis de agilizar em contexto de produção industrial. Através desta aposta pioneira na avaliação subjectiva do têxtil “recorre-se aos sentidos dos consumidores, para chegar, instrumentalmente aos gostos das pessoas”.

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